quinta-feira, 16 de julho de 2009

Fernandinho no Curtindo a Vida

Quando Fernandinho nasceu, sua família estava aprisionada aos enganos do Inimigo. Seus pais eram comprometidos com o candomblé. Eles viviam em Aracaju/SE, mas partiram para São Mateus/ES por uma transferência de trabalho de seu pai. Ali, Fernandinho passou pela experiência de entregar a sua vida a Jesus. Depois todos foram para Campos dos Goytacazes/RJ. O pai de Fernandinho ia às congregações levar a Palavra e ele o acompanhava com o violão. Hoje, Fernandinho é um dos nomes de maior sucesso no Gospel brasileiro, e sua voz é instrumento para transformação completa de milhares e milhares de vidas. O cantor falou para os ouvintes da Rádio Vida sobre o seu ministério e sobre suas músicas que estão freqntemente entre as mais pedidas. Confira algumas curiosidades da trajetória de Fernandinho no “Curtindo a Vida”.

Discografia:

Faz chover (CD)

Faz chover (DVD)

Abundante Chuva (CD) 2005

Abundante Chuva (DVD) 2006

Geração de Samuel (CD) 2006

Sede de Justiça (CD)

Sede de Justiça (DVD)

Uma nova história (CD)

Bianca: O primeiro CD solo do Pr. Fernandinho foi em 2000, mas a história dele começou bem antes. Como foi isso?

Fernandinho: Desde os 12 anos eu ia à igreja até que comecei a me interessar pela bateria. Eu ficava impressionado em ver como uma pessoa mexia com os dois braços e as duas pernas ao mesmo tempo. Então, comecei a aprender a tocar e foi despertando em mim o desejo de ser um grande músico. Cheguei a ficar 10 horas em cima de uma bateria, treinando, porque eu queria realizar o meu sonho de ser um grande músico. Depois eu comecei a tocar violão e a cantar no coral da igreja. As coisas foram acontecendo naturalmente, até que eu descobri que Deus não queria apenas um grande músico. Ele queria que eu fosse primeiro um adorador.

Rádio Vida: Seu primeiro trabalho solo foi aos 27 anos. Você não acha que estava muito jovem ou acredita que foi o momento certo?

Fernandinho: A Bíblia diz que tudo acontece ao seu tempo. Então, eu creio que foi no momento certo. Hoje eu estou com 36 anos. Mas é melhor a gente trocar de assunto, porque falar sobre idade não é muito legal (risos).

Bianca: O Fernandinho tem uma voz marcante, bem grave. Quando você o ouve tem a certeza de que realmente é ele. Não há confusão.

Fernandinho: E quando vê também (risos). Na verdade, quando eu chego dentro da van as pessoas, normalmente perguntam: “Cadê o Fernandinho?”. Elas imaginam uma pessoa bem magrinha. Mas isso é profético: um dia eu serei magrinho.

Dj Will: E como foi a sua apresentação no dia 22 de junho. E muita gente quer saber também sobre a sua esposa. Ela participou desta apresentação?

Fernandinho: Foi muito legal. Quando Deus quer abençoar um homem, Ele apresenta uma mulher para ele. Deus me deu este presente, que é a minha esposa, que está sempre comigo. E foi uma bênção estar em São Paulo. Gosto muito desta cidade, da sua noite. Eu sou de Aracaju, mas moro no Rio de Janeiro há mais de 20 anos.

Dj Will: Na sua carreira de ministração, salvando muitas vidas através do louvor, conta pra gente um momento marcante desta sua carreira:

Fernandinho: Tem um momento muito engraçado que acontece comigo e que estou tentando eliminar. Eu não consigo gravar a cidade em que estou. Mas eu sempre viro para um dos músicos e pergunto. Numa dessas, eu virei para o guitarrista e ele me deu o nome errado da cidade. Agora eu mudei a tática e cumprimento dizendo: “Povo de Deus”. Desisti de dizer o nome da cidade.

Bianca: No seu DVD tem um momento em que você pega a bandeira do Brasil e a molha. O que representa este momento?

Fernandinho: Eu sempre fui um garoto que nunca gostou de jogar bola. Meu corpo não me proporcionou isso. Então, eu ficava dentro do meu quarto, sonhando em ser um grande guerrilheiro. Eu era um fã do Fidel Castro e do Che Guevara. Eu sempre fui comunista. Minha mãe dizia que eu nasci da pá virada. Eu não podia pegar uma arma e sair matando. A única maneira que eu encontrei de fazer uma revolução foi através da música. A música “Sede de Justiça” é a minha canção, porque infelizmente temos vereadores, deputados e senadores, me desculpem a palavra, muito sem-vergonhas. Quando a gente vê tanta riqueza representada na nossa bandeira, aquele momento foi quando eu disse: “Deus, lava esta nação com a tua água da vida”. Porque é tudo o que a gente precisa. Essa limpeza precisa começar na igreja e na nossa própria vida.

Kaiko: Esse engajamento de querer despertar as pessoas para a realidade do país é consciente ou acontece de forma natural?

Fernandinho: Eu tenho um lema na minha vida: eu não toco um fã clube. Eu quero tocar um exército. Eu tenho uma sede no meu coração de fazer com que pessoas sejam tocadas pelo Espírito Santo e se levantem para serem filhos, pais, mães, esposas e maridos melhores. Tudo o que passa na minha mente é fazer um Brasil melhor. Eu viajo pelo mundo e penso: “Poxa, o meu país poderia ser dessa forma!”. A gente não pode viver a vida como se nada estivesse acontecendo. Existem coisas que precisam ser mudadas. E estas coisas precisam começar comigo. Eu tenho poder disso daí. Quando eu falo na música “votos comprados”; neste novo CD eu falo sobre profetas que se venderam. Eu falo isso tudo porque precisamos levantar um povo que não se vende, porque já foi comprado pelo sangue de Jesus Cristo.

Kaiko: Conta pra gente como foi fazer esta versão de “God of this City”?

Fernandinho: Foi muito legal. Eu estive em São Paulo na conferência dele e fiquei muito impactado pela canção. Então, eu cheguei em casa e comecei a tocar o violão e minha esposa começou a cantar, fazendo a verão. Então eu pensei que o que dá certo dentro de casa, vai dar certo fora também.

Bianca: Você falou de transformação das pessoas. E tem o clip da música Faz Chover que tem uma história muito interessante. Como nasceu a idéia desse clip?

Fernandinho: Eu estava ministrando numa igreja e, de repente, um pastor veio me contar sobre a história de um casal. A mulher evangélica apanhava muito do marido, um caminhoneiro muito brabo. Um dia, ela chegou da igreja e encontrou ele muito bêbado. Eles brigaram e ele começou a espancá-la e depois colocou-a dentro do carro e a levou para um matagal. O marido pegou sua arma a fez vários disparos contra a esposa. Mas nenhuma bala saía da arma. Ela apanhou demais e voltaram para casa. Ela pensou em desistir do esposo e dos filhos. Mas ela pegou o meu CD e olhou na capa: “Faz Chover”. Então, disse: “Esta é a minha última esperança”. Chegou no dia seguinte, antes dele viajar, ela pegou o CD e colocou dentro do caminhão dele. Ele saiu pela estrada ouvindo o CD até que parou, procurou uma igrejinha, entrou, virou para o pastor e disse: “Cara, eu preciso desse Deus, do Deus da minha mulher. Então ele se rendeu aos pés do Senhor. Hoje eles estão lá na igreja louvando a Deus. Quando eu contei isso para a minha produção, eles começaram a chorar e pensaram em produzir um vídeo bem legal. Nós fizemos com película tudo mais. Doeu um pouquinho no bolso (riso), mas valeu a pena.

Dj Will: O CD Sede de Justiça tem uma pegada mais rock. Isso foi proposital?

Fernandinho: Eu não faço música para os outros. A coisa surge na minha cabeça. Deus me dá diante do que eu estou vivendo. Quando eu subo no palco, eu penso grande. Penso que de repente vai sair um presidente dali, ou um grande pastor, ou um músico melhor que o Fernandinho. Isso me traz uma ira que me leva a me expressar desta maneira. Quando eu comecei a tocar violão, o meu pai queria que eu tocasse MPB. Eu até tentei, mas não deu. Fiquei apaixonado pelos drives e pelas válvulas. Eu gosto muito desta pegada mais pesada. A gravação do DVD aconteceu em 4 de julho, em Betim, Minas Gerais. Foi uma nova história para o Brasil. Quem quiser mais informações sobre como foi este evento, entra no www.fazchover.com.br

Kaiko: O que você curte fazer quando não está ministrando?

Fernandinho: Um churrasquinho pra desestressar é muito bom. A minha proteína sempre é baixa (risos). Então, eu preciso mantê-la num nível legal. Mas um Playstation com meu filho mais velho, ele sempre me ganha. E mesmo quando eu ganho, tenho que falar que foi ele quem venceu. Eu tenho três filhos maravilhosos que consomem o meu tempo. Eles estão com uma super unção, a unção do Nescau: Energia que dá gosto. Esse é o meu dia-a-dia.

Dj Will: Quais são as suas influências, o que você mais ouve em casa?

Fernandinho: Eu ouço Heloísa Rosa, David Craw, Petra, Stryper. O meu filho mais velho, quando nasceu, eu coloquei um CD do Petra bem alto assim que ele chegou em casa. Minha mulher me repreendeu e eu disse pra ele: “Filho, fica com a voz bem arranhada, seja bem gritante. Acabou que deu certo. Hoje ele curte bastante. A única coisa que ele não gosta na minha banda é porque tem tecladista. Ele diz que rock não pode ter teclado.

Bianca: Você disse que começou na bateria até por causa da timidez. Mas hoje, o que você faz para lhe dar com a timidez?

Fernandinho: É só unção de Deus. Tudo o que eu faço na vida, eu primeiro oro com a minha esposa. E a gente pede para que possa sair da minha boca o que possa abençoar e mudar as pessoas. Eu sou totalmente possuído por Deus. É isso o que me impede de ficar bem gago, como eu já fui e bem tímido, como eu era.

Bianca: Deixe uma mensagem para os ouvintes.

Fernandinho: Jesus não está numa manjedoura, como um garoto indefeso, nem na cruz, nem num túmulo. Ele está vivo, Ele é real. O Deus que a gente prega não é um Deus de barro, nem de madeira. Ele pode estender a mão para a gente e nos dar uma experiência sobrenatural. Como jovens, a gente procura coisas radicais. Mas não há nada mais radical do que viver para Jesus; é andar na contramão. Eu quero que você se desperte a ter um encontro real com Jesus e descobrir quem Ele realmente é. Ele tem boca e fala. É só você cl